Partimos do ponto e do princípio que todo antepassado do homem moderno originou-se no continente africano.

Grupos de homo erectus, espécie que se desenvolveu na época do resfriamento da terra, foram os primeiros a se deslocar da África, na direção norte do continente. Como eram coletor-caçadores (sobreviviam do que estava ao alcance na natureza) migravam em busca de alimentos.

        A partir daí observa-se já as transformações nos seres, pois o resfriamento da terra proporcionou o surgimento de espécies maiores, inclusive nosso ancestral que passou a ser também mais alto e com o cérebro maior.

        Estes grupos nômades foram se deslocando por todo o território do planeta durante milhares de anos. Nesta expansão, mudanças foram ocorrendo e é o nosso objetivo deste trabalho tentar entendê-las.

        Neste trajeto a seleção natural agia sobre os grupos que, para sobreviver, enfrentavam as intempéries da natureza e os perigos de serem trucidades por animais selvagens que se alimentavam de carne. O homem, que é capaz de trabalhar criativamente para superar a natureza, numa busca de conhecimento da realidade, que nunca é perfeita ou acabada, buscou alternativas de sobrevivência. Por isso houve transformações, que ocorreram e evoluiram para facilitar a sobrevivencia. Dessa forma,  houve a transformação natural da espécie  e não um aperfeiçoamento, mas sim uma adaptação, devido a mudanças climáticas decisivas no planeta, transformando o modo de vida, organização social, mudanças físicas, etc.

        Foram várias as tentativas dos humanos de deixar a África. Quando os primeiros humanos conseguiram sair da África, eles seguiram pela costa, onde tinham abundância de recursos para o seu modo de vida: caçador-coletores.

         Os motivo de seus deslocamentos eram, provavelmente, a busca da sobrevivência, atrás do alimento, da caça.

         Observando os mapas de migrações, contatamos que o grupo mais antigo cruzou o Oriente Médio, foi para o sul da Ásia e por algum motivo, empreenderam uma longa viagem pelo mar até a Austrália. Estes grupos, conforme iam se deslocando, encontraram no seu trajeto alterações climáticas que por vezes os dizimava, outras os mantinham isolados, por algum tempo. Essas comunidades isoladas, ao ser reproduzirem entre si, ressaltavam, na prole, aqueles que já tinham  modificações em alguns de seus gens, ou seja já tinham o seu  DNA modificado.  É o que chamamos de mutações. Quando essas mutações eram favoráveis a sobrevivência, os mutantes tinham mais chance de viver e reproduzir aumentando o grupo dos que tinham vantagens na sobrevivência. Aos poucos, essas mudanças adaptativas se tornavam comum no grupo, passavam de geração a geração.

Algumas delas era modificações externas e, dependendo do ambiente, estas características favoráveis se mantiveram nas próximas gerações. Se estas alterações externas contribuírem para a sobrevivência do possuidor das mesmas, ele estará sendo naturalmente selecionado para continuar a espécie com as suas características.Com o tempo este grupos que estavam isolados passavam a ter semelhanças próprias daquela região.

         As rotas migratórias continuaram por milhares de anos e população com alterações genéticas e com características próprias continuavam enquanto outros iam ficando pelo caminho ou encontrando outros grupos  com os quais mantinham processos de reprodução, e assim criando novos grupos de semelhança.

         Um exemplo disto encontra-se no fato de que ,se em determinado grupo houver 4, 5 linhagens de indivíduo e ele se mantiver isolado por um grande espaço de tempo, este grupo se reduzirá a uma ou duas linhagens pois as combinações genéticas vão prevalecer naqueles que conseguirem se adaptar ao meio e sobreviver, passando então a sua carga genética com as suas características externas aos seus descendentes.

         Por enquanto podemos concluir que o meio ambiente não modifica os genes, mas pode determinar a sobrevivência e continuidade dos mesmos nas gerações seguintes.

         Estudos em genética demonstram que a variabilidade do DNA humano é muito menor do que as variações anatômicas dos diferentes povos. Estudos  de ossos humanos encontrados, nos mostram essas semelhanças e similaridades e nos levam a conclusão de que os homens não se desenvolveram a partir de grupos isolados,mas tiveram origem comum em uma população comum, antes de se espalharem pela terra.

         Para compreendermos racionalmente como esses ossos de esqueletos possuem características étnicas e anatômicas independentes da região do planeta de onde foram desenterrados e ainda são completamente semelhantes, só há uma explicação racional , de que todos esses grupos carregam diferentes frações de um mesmo grupo de gens.

         Pois esse grupamento genético é fundamentalmente responsável pelas semelhanças anatomicas dos esqueletos. Em outras palavras, todos os grupos genéticos eram formados por homens que possuiam a mesma constituição, mas demonstravam diferenças  marcantes e a mais notável das diferenças que conhecemos é a cor da pele.

Continuamos trabalhando...